Líder da manifestação de mestiços nicaraguenses afirmou, “Aqui matam os mestiços, os torturam e ninguém diz nada; e, então, andam livres, eles ficam impunes, mas o povo já está cansado”.
Os manifestantes mestiços instalaram na segunda-feira um bloqueio em Susún, na estrada Rosita-Puerto Cabezas, na Região Autônoma do Atlântico Norte (RAAN). Eles liberaram a via à noite, na expectativa de que uma comissão do governo nicaraguense viria para negociar.
Os manifestantes mestiços avisaram ao Procurador Geral da República, a quem acusan de haver mentido a eles em outras ocasiões, que não jogue com eles, porque estão cansados de tanto assédio pelos indígenas.
“Aquí matan a los mestizos, los torturan y nadie dice nada; ahí andan libres, ellos son impunes, pero ya la gente está cansada”, advertiu Bonifácio Duarte Padilla, líder da manifestação.
Demandas dos mestiços
O líder dos manifestantes reafirmou que pedem a abolição do Decreto Presidencial, pelo direito de cuidar da Madre Terra, e a legalização de suas propriedades, mediante uma nova reforma agrária. Caso não se consiga acordo, não haverá mais mediação e e via continuará fechada.
Reiteraram que têm títulos de propriedade entregues por autoridades comunais de cada setor indígena, e até de funcionários do governo, do próprio Brooklyn Rivera, que agora promove a desocupação, acusaram.
“Estamos aqui porque estamos cansados. Há milhares de famílias afetadas; temos documentos em mãos e podemos demonstrar”, afirmou.
Preferem ser mortos a saírem
Pediram à Polícia Nacional e ao Exército que não os provoquem, porque há milhares deles em setores como Sahsa, onde afirmam ter prontas umas 7.000 pessoas para reforçar o bloqueio.
Afirma que a economia do país será a principal afetada, porque é o setor que produz os grãos básicos, de modo que podem desabastecer o mercado de feijão, arroz e verduras.
“Queremos deixar claro que no sábado nossos dois pontos na mesa de diálogo são a anulação do decreto e a titulação das terras. Não haverá despejo, preferimos que nos matem e nos enterrem aí mesmo, mas não sairemos jamais”, disse ele, enquanto os manifestantes repetiam palavras de ordem.
Polícia
Permanerá em Susún a espera de uma comissão negociadora do Governo. Para tanto, o chefe da Polícia da zona há se comprometido em facilitar o encontro.
Com informações de El Nuevo Diario.
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