A Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM) realizou hoje (16) audiência pública sobre a implantação de cotas na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). A audiência foi de autoria do deputado Tony Medeiros e foi presidida pelos deputados Ricardo Nicolau e Sidney Leite. Estiveram presentes a presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro (Nação Mestiça), Helderli Castro de Sá e a coordenadora da Associação dos Caboclos e Ribeirinhos da Amazônia (ACRA), Antônia Roseane Nascimento.
O coordenador do Fórum Nacional do Mestiço, Leão Alves, pronunciou-se afirmando, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que a renda média da população parda é inferior à renda média da população preta e que a idéia de que pretos estejam em situação econômica média inferior à dos pardos é um preconceito. Falou sobre a política de discriminação contra pardos e outros mestiços pelo governo federal. Lembrou que na mídia muitas vezes aparece a informação errada de que as cotas raciais atuais seriam para negros e pardos e destacou que nas cotas raciais implantadas tem havido a obrigatoriedade de que pardos tenham que identificar-se como negros para ter acesso a cotas raciais. Ilustrou com vídeo em que a ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiza Bairros, respondendo ao jornalista Patrick Mota, da Amazonas FM, condiciona o atendimento aos caboclos e ribeirinhos a eles declararem-se negros. Lembrou que antes da chegada dos primeiros navios negreiros ao Brasil, já havia mestiços e que estes foram escravizados.
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