Mestiços nicaraguenses estão sob o risco de serem expulsos de terras destinadas a ocupação exclusiva de indígenas daquele país. O presidente da Comissão sobre Povos Indígenas e processo étnico da Assembleia Nacional disse que os cidadãos mestiços que recentemente ocuparam terras dedicadas exclusivamente a indígenas e não têm todos os documentos legais devem ser expulsos, enquanto que aqueles que chegaram no início dos anos 90 e tem um “títulos adulterados” deve ser removidos e compensados pelo Estado da Nicarágua.
O presidente disse também que apenas os títulos emitidos antes de 1987, respeitadas, em consonância com a Lei 445, Lei de propriedade comunitária dos povos indígenas e comunidades étnicas das Regiões Autónomas da Costa Atlântica da Nicarágua e dos rios Bocay, Coco e Indio Maiz.
As declarações do presidente se deram no seminário “Estratégia e Implementação de Projeto para a Fase de Saneamento em Territórios Indígenas da costa do Caribe da Nicarágua” evento durante o qual alguns líderes territoriais levava para o conflito que eclodiu vários dias porque os cidadãos da etnia miskito exigem a expulsão dos mestiços das terras de Twi Waupasa ou Llano Sul, em Bilwi, região autônoma do Atlântico Norte, RAAN. Miskitos e mestiços encontram-se em conflito por este território.
Em outros países da América Latina, inclusive no Brasil, mestiços também tem sido vítimas ou estão sob risco de limpeza étnica sendo entregues suas terras a ocupação e uso exclusivo de etnias indígenas.
Com informações do site El Nuevo Diario, 28/02/2012.
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