No dia 4 de maio de 2011 foi aprovado o Estatuto do Departamento Autônomo de Santa Cruz pelo povo desta região da Bolívia. Segundo o jornal comunista russo Pravda, o governo do presidente Evo Morales, que se identifica como indígena, fez campanha contra a consulta e em pronunciamento àquela Nação classificou o Estatuto como inconstitucional. Entre os diversos artigos do Estatuto, consta no 161, “de acuerdo al Convenio 169 de la OIT y el Convenio de Naciones Unidas sobre Pueblos Indígenas el pueblo cruceño reconoce con orgullo su condición racial mayoritariamente mestiza, y, en esa medida, su obligación de conservar la cultura y promover el desarrollo integral y autónomo de los cinco pueblos indígenas oriundos del departamento: chiquitano, guaraní, guarayo, ayoreo y mojeño, de conformidad a lo establecido en este Estatuto”. O conteúdo do Estatuto não impediu manifestações de intolerância racista e mestiçofóbica por organizações marxistas que apóiam o governo de Evo Morales.
A Declaração de Durban (2001) reconhece a existência de mestiços “de diversas origens raciais e étnicas” e condena discriminações contra os mesmos, inclusive a negação de sua existência.
Mestiços têm sido vítimas de agressões racistas em diversos países, às vezes hostilizados por grupos e ONGs internacionais que se apresentam como defensores dos “verdadeiros” nativos e buscam rotular o mestiço como invasor: no Brasil, mestiços têm sofrido processos de “desintrusão” territorial com o apoio do governo do Partido dos Trabalhadores (PT), e na África do Sul, há diversas denúncias de discriminações por parte do governo do Congresso Nacional Africano (CNA) contra coloureds.
L. A.
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