Carta aberta ao MAGAZINE LUIZA – MAGALU
Prezados Senhores,
O MOVIMENTO PARDO-MESTIÇO BRASILEIRO – NAÇÃO MESTIÇA é a mais antiga associação de mestiços do país e que há quase vinte anos trabalha contra discriminação racial e por direitos iguais para todos os brasileiros.
Uma das formas em que o racismo tem se manifestado no Brasil é através de leis que privilegiam autodeclarados “negros” em relação aos demais brasileiros.
Em troca de privilégios ou por risco de prejuízos, pardos são incentivados a se tornarem renegados de sua identidade mestiça, passando a se afirmar negros.
Classificar pardos como negros é uma prática racista que vai de instituições como a KU KLUX KLAN a diversos movimentos negristas.
É a ideia, que agora o MAGAZINE LUIZA manifesta, de que “ser de raça” seria superior a ser mestiço.
Até o momento este racismo legalizado estava restrito a instituições públicas e educacionais no Brasil.
Com o seu programa de trainee, porém, voltado exclusivamente para “negros”, o MAGAZINE LUIZA lança a discriminação racial para um novo âmbito no Brasil: o da empresa privada.
Iniciativas como esta do MAGAZINE LUIZA tem um aspecto pior do que os da KKK e do PARTIDO NAZISTA, p. ex., pois estes assumiam que eram racistas, que odiavam mistura racial, que pretendiam que pessoas acessassem empregos não por competência ou qualidades comuns a todos os humanos, mas antes por sua raça.
O MAGAZINE LUIZA tem a opção de reconhecer o erro e por fim a este programa racista e antimestiço, ter como alvo pessoas de baixa renda sem critério de raça ou etnia, e a opção de ter seu nome ao lado de empresas que até hoje são lembradas por sua colaboração com o ódio, a discriminação, a segregação, o racismo, além do repúdio da lei e, especialmente, dos consumidores.
Manaus (AM), 19 de setembro de 2020.
A Diretoria
MOVIMENTO PARDO-MESTIÇO BRASILEIRO – NAÇÃO MESTIÇA
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