Após a independência do Haiti em 1804, o imperador preto Dessalines estabeleceu uma Constituição que apagava os mulatos e classificava todos os haitianos “na denominação genérica de noirs (pretos)”; também proibia brancos de terem propriedade. Assassinado em 1805, o país rachou: ao norte surgiu o Reino do Haiti, do imperador preto Henri Christophe, Henrique I, um ex-escravo, e ao sul a República do Haiti, do presidente mulato Alexandre Pétion, um militar de pai francês e mãe mulata, cuja Constituição concedia direito de naturalização a africanos, índios e mestiços.
Henrique I tentou sem sucesso em 1812 conquistar Port-au-Prince, a capital da República. Também financiou um rebelde chamado Jean-Baptiste Perrier, alcunhado Goman, que manteve um território preto em Grand-Anse, no sul da República, de 1807 a 1819. Neste ano, após a morte de Pétion, o novo líder mulato, Jean-Pierre Boyer, capturou e executou Goman.
Em 1820, o imperador preto, doente e cercado por rebeliões em seu reino, matou-se. O presidente mulato, então, com 20 mil soldados, entrou pouco depois em Cap-Haïtien, a capital do norte, e reunificou o Haiti.
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