Capitão do mato era a expressão usada no Brasil para a função de captura de escravos fugidos. Incluía nesta atividade a destruição de quilombos. Com o crescimento do tráfico de escravos africanos, com culturas que incluíam conhecimento de técnicas de captura de escravos, a atividade também se ampliou, especialmente a partir do séc. XVII.
Em sua maioria eram homens livres e pobres, incluindo brancos, mas também pretos e miscigenados, muitos deles ex-escravos. A atividade não era regular, mas espalhou-se em todas as áreas de economia escravista.
Havia os que eram autônomos e os que eram funcionários públicos, estes nomeados através de carta de recomendação e que estavam sob regras e limites de autoridades. Recebiam dinheiro, armamentos e homens sob seu comando, especialmente em ações maiores, como o enfrentamento de quilombolas.
Os próprios capitães do mato, porém, eram objeto de desconfiança das autoridades, temerosas de que pudessem voltar-se contra elas, de modo que estas evitavam que exercessem a função por períodos prolongados.
Nos EUA, atividade correspondente era exercida pelas slave patrols, ou patrollers, formadas por brancos.
O termo é usado atualmente também para referir-se a negros e miscigenados acusados de servirem à supremacia branca.
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