Gilberto Freyre, um dos mais importantes sociólogos brasileiros, nasceu em 1900 e faleceu em 1987. Aos 80 anos, começou uma história para ser lembrada, ao se tornar um opositor do racismo, pois aprendeu a distinguir entre raça e cultura (nos sentidos antropológicos). E dentro desse contexto há um importante fator que deve ser levado adiante: Freyre foi um defensor da miscigenação e não devemos esquecer que para ele os mestiços foram uma herança cultural.
Freyre não considerava a miscigenação como um problema para o Brasil, mas sim uma das maiores vantagens. Isso porque ela formava a identidade nacional e protegia a nação de conflitos raciais e étnicos. O opositor Freyre foi acusado muitas vezes de defender o embranquecimento para uma suposta democratização racial, mas ao contrário disso como já foi argumentado, para ele os mestiços foram uma maneira de herança herdada para o nosso país. Afinal, o Brasil é formado de várias cores. Convenceu-se de que todo brasileiro, mesmo de cabelo louro, traz na alma ou no corpo uma sombra do mestiço. Ele procurou mostrar em suas obras a interpretação brasileira nos explicando a realidade do nosso Brasil. Trouxe de seus livros para a nação brasileira um país que não conhecíamos.
O livro “Casa Grande e Senzala” foi lançado no mesmo ano em que o Brasil atribuía a razão do atraso à mestiçagem já que muitos defendiam o embranquecimento do povo. Enquanto Gilberto argumentava que ser mestiço era bom. Neste livro deixou bem claro que miscigenação era a mistura de cores. Uma obra que levantou elogios como o de Darcy Ribeiro, que afirmou ter sido o melhor livro brasileiro que foca a importância da vida colonial.
A partir dos argumentos articulados, concluímos que Freyre foi o primeiro a valorizar o negro e a cultura afro-brasileira em 1933. A obra “Casa Grande e Senzala” denominou mudanças com uma verdadeira revolução ao valorizar o mestiço.
A idéia repassada é de que somos uma mesma humanidade, seja qual for a tez da pele.
Leidyane Vasconcelos é aluna da 2ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Homero de Miranda Leão, de Manaus (AM). Esta redação foi a 1ª colocada no concurso de redação promovido pelo Nação Mestiça e Secretaria Estadual de Educação do Amazonas (SEDUC) dentre os eventos comemorativos do Mês do Mestiço e do Caboco de 2010.
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