A Assembleia Legislativa do Estado (ALE) realizou hoje (24) uma sessão especial em homenagem ao Dia do Caboclo e ao Dia do Mestiço, celebrados aos 24 e 27 de junho, respectivamente. O evento – uma iniciativa da deputada Conceição Sampaio (PP) – reuniu representantes de movimentos sociais, de escolas, professores e estudantes.
Por estar viajando, a deputada Conceição Sampaio foi representada na sessão pela também deputada Therezinha Ruiz (DEM). Em seu discurso, Therezinha Ruiz lembrou a saga de imigrantes nordestinos que começaram a povoar o Amazonas a partir do ciclo da borracha e, mais tarde, durante a segunda guerra mundial.
“Como soldados da borracha, os nordestinos trouxeram o elemento brasileiro para a Amazônia, deixando um legado significativo para a região”, disse a deputada, acrescentando que da miscigenação do mestiço nordestino com o mestiço amazônico “nasceu o novo caboclo amazônico”. “Enfim, o caboclo não é índio (pré-colombiano); o caboclo não é branco (europeu); o caboclo não é negro (africano; o caboclo não é amarelo (asiático); o caboclo é um mestiço. O caboclo é o amazônida”, enfatizou a parlamentar.
Durante a sessão especial, a presidente do Movimento Nação Mestiça, Helda Castro, contestou o Estatuto da Igualdade Social que está para ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela aponta falhas na elaboração do documento. “Há uma discriminação em relação ao mestiço, pois nós não somos negros, somos caboclos mesmo”, argumenta.
Premiações
Alunos de ensino médio de escolas estaduais que venceram o concurso de redação, tendo como tema o mestiço e o caboclo, receberam as premiações durante a sessão especial desta quinta-feira na Assembleia Legislativa. O primeiro lugar ficou para a estudante Leidiane Vasconcelos, que escreveu “Gilberto Freyre e o mestiço”.
O segundo lugar saiu para a estudante Roseane Gomes de Mesquita, da escola estadual Josué Cláudio de Souza, e a aluna Patrícia Deodoro de Souza Almeida, da escola estadual Marco Antônio Vilaça, ficou em terceiro lugar. Leidiane e Roseane receberam como prêmios um computador leptop (cada uma) e uma medalha, respectivamente, e Patrícia foi premiada com uma medalha e um certificado. E as escolas receberam troféus.
“Gilberto Freyre acabou com o mito de que o mestiço era responsável pelo atraso do Brasil”, destacou Leidiane, que venceu o concurso em primeiro lugar, ao ler a sua redação da tribuna da Assembleia Legislativa.
Uma apresentação da fanfarra da escola estadual Petrônio Portela, que entoou o Hino Nacional brasileiro, encerrou a sessão especial em homenagem ao Dia do Caboclo e do Mestiço.
De ALE-AM, com correções.
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