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Cotas raciais para ocupação do poder – Leão Alves

Os projetos petistas, da  presidente Dilma Rousseff e do deputado Luiz Alberto, que visam criar cotas raciais no serviço público federal e nas Assembleias Legislativas dos Estados, na Câmara Legislativa do Distrito Federal e na Câmara federal, mostraram o que tem sido dito há muito pelo movimento mestiço: que as cotas raciais que vêm sendo implementadas não são sequer ações afirmativas, elas visam na verdade dividir o povo através da Desmestiçagem.

Tornou-se mais explícito ainda que elas visam reservar espaços no Estado para a militância partidária e outros identificados com a ideologia racial petista.

O petismo descobriu há muito tempo que poderia colocar o ódio racial a serviço da causa comunista, como foi exposto por Florestan Fernandes, um dos seus principais mentores:

“[Isto] quer dizer que a raça é uma formação social que não pode ser negligenciada na estratégia de luta de classes e de transformação dentro da ordem ou contra a ordem, que há um potencial revolucionário no negro que deve ser despertado e mobilizado.”

Despertado? Mobilizado? Por quem? Para quem? Continua este PhD da Desmestiçagem:

“Uma coisa é jogar contra o capital o dinamismo negador de classe contra classe. Outra coisa é jogar contra ele todos os dinamismos revolucionários que fazem parte da situação global. O negro acumulou frustrações e humilhações que tornam incontáveis os seus anseios de liberdade, de igualdade e de fraternidade. Ele não pode dar a outra face. É tudo ou nada. Ou rebeldia ou capitulação. (…) Por que as elites temem as classes trabalhadoras e, mais ainda, ‘o populacho’, em sua maioria composto de negros e de mestiços?”.

Esta passagem de seu livro Significado do protesto negro é suficiente para mostrar que não há por parte do petismo qualquer outro interesse que não seja arregimentar militância para ser jogada contra o alvo que o petismo escolher.

É suficiente também para saber que as cotas raciais no ensino e que agora pretendem ampliar para o serviço público, nos três poderes, nada mais são do que a ocupação de espaços pelo partido. Ou seja, o Estado que deveria servir aos cidadãos em geral passa a servir o próprio movimento comunista e sua trupe militante.

Enquanto o ativista do movimento branco petista fazia estas maquinações, a propaganda comunista conseguiu constranger possíveis opositores dessas ideias a não questioná-las, ou fazê-lo de forma errada, acanhada e ineficaz, sob o receio de serem tachados pelas alcunhas de ‘conservador!’, ‘direitista!’, ‘racista!’, ou serem isolados, de modo que o caminho ficou aberto para chegar ao momento atual, quando a líder do movimento branco petista – movimentos brancos não se resumem a neonazistas tatuados, pode ter certeza -, Dilma Rousseff, faz projetos e pressões com o fim de lotear racialmente os três poderes da República – e o que mais puder.

Movimento branco? É isso mesmo, nesta época de racialização é preciso observar qual o interesse da branquitude comunista em promover a institucionalização do racismo e combater a mestiçagem.

Antes de ir adiante, é preciso eliminar uma inverdade: a de que o comunismo seja uma ideologia antirracista. Não é, nunca foi, desde Karl Marx, que para ridicularizar um adversário fazia referência à sua miscigenação; desde o companheiro dele, o milionário Engels, que escrevia exaltando a superioridade do branco sobre pretos e índios e fazendo afirmações preconceituosas contra  mexicanos.

O racismo comunista não foi algo exclusivamente pessoal ou episódico, mas é algo próprio da ideologia comunista que é inseparável da construção do Novo Homem. O Novo Homem comunista não é apenas uma mudança de ideias, é também a evolução material, biológica do ser humano.

Tão logo chegaram ao poder na Rússia, em 1917, os comunistas passaram a desenvolver pesquisas eugenistas e mantiveram íntima colaboração com eugenistas nazistas durante as ditaduras de Lênin e de Stálin – aquele racista que massacrou ucranianos e cossacos e que no Brasil tinha como espiões o entreguista Luiz Carlos Prestes e sua mulher alemã Olga Benário.

O racismo mestiçofóbico que o comunismo vem implementando no Brasil e em outros países da América Latina não é, assim, uma novidade – no futuro, porém, quando mais essa maldade for amplamente observada, dirão, como é praxe da propaganda comunista, que foi “um desvio burguês”, o que os isentará de pedir qualquer desculpa, mesmo a mais hipócrita.

Poderia escrever mais sobre o racismo de Pol Pot, de Che Guevara, de Koltsov, mas o objetivo aqui é resumidamente mostrar a inexistência de um antirracismo comunista.

Todo argumentação contrária às cotas raciais e a outras medidas da política racial e étnica petista só é útil para fortalecer nossa convicção e capacidade de argumentação para nós mesmos e para aqueles que não aderiram completamente ao comunismo petista e similares.

Estas argumentações são completamente inúteis para mudar o curso da política racial petista, pois o objetivo da presidente Dilma Rousseff e do petismo não é combater racismo nem fazer reparação coisíssima alguma; o objetivo é tomar permanentemente o poder sobre o Estado.

Por isso, o petismo não atua a favor dos afrodescendentes, ele atua a favor do totalitarismo; mestiços mulatos e cafuzos são vistos como um inimigo pelo petismo.

Digo inimigo, pois um governo comunista não vê os nacionais (comunismo detesta Nação) ou os cidadãos como pessoas a quem o Estado deva servir; comunismo vê uma massa de carne humana onde ele seleciona os que devem viver e servi-lo e os que devem ser eliminados. Não foi por acaso que o comunismo gerou o fascismo e este o nazismo.

Assim, está perdendo tempo quem escreve contra o racialismo desta política – pois ela não é só uma política racialista, mas racista. É preciso ter clareza e coragem e dizer: esta política petista é racista.

Perde tempo quem ataca o racialismo acreditando que assim estará ferindo a raiz de qualquer política racista, pois negar a existência de raças também pode ser usado para implantar o racismo, como o governo indigenista de Evo Morales fez na Bolívia contra mestiços.

Perderia tempo até se estivesse certo, pois como dissemos acima, Dilma Rousseff está pouco se importando com isso; ela quer mesmo é lotear racialmente os três poderes, e depois outras instituições, para ocupá-los com sua militância.

É isso.

Leão Alves é secretário geral do Nação Mestiça.

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4 Responses

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  1. LEANDRO says

    Leão Alves

    Concordo com vc tbém neste aspecto de que o debate sobre as cotas racistas comunistas é pouco profundo em suas [do debate] intenções eleitoreiras e uma destas intenções do PT é criar líderes raciais declarados para a guerra racial e é esse alerta que eu quero fazer na Câmara dos Deputados. Sei que terei toda a tropa de choque do PT, PC do B (do tipo que destruiu sua câmera, ou pior) e afins me atacando mas estou me propondo a ser uma voz ativa contrária ao politicamente,. correto ?
    também, mas oque impera no meio político em relação às cotas racistas e comunistas é o politicamente covarde. O silêncio dos covardes me preocupa e a melhor resposta será em uma representação política INÉDITA NO CONGRESSO para denunciar estas práticas de nacionalização do Apartheid. Inclusive, se conseguir me candidatar (o partido está meio devagar) e me eleger, quero levar o caso para a ONU. Como pode um partido político institualizar guerra racial e querer mudar a identidade do seu povo para classes ignorando a maior característica do seu povo que é a mestiçagem inegávelmente tão presente ?
    A história dos países que passaram por processos de racialização mostra o quão negativo é este mal. Sem falar na total inconstitucionalidade que as cotas raciais são.
    Leão Alves, precisamos realmente de união pois os racialistas racistas comunistas estão unidos, organizados e patrocinados pela máquina, ONG’s,… por isso estou à disposição . Você tem meu e-mail, escreva pra mim quando puder e o Brasil pode desde já saber que precisamos reagir para brecar este racismo comunsta.

  2. Leão says

    Leandro, grato por sua análise do artigo. O racismo comunista é um assunto que tem sido pouco pesquisado e divulgado. É muito importante divulgar este aspecto do comunismo e revelar o que é o petismo, esta espécie de mágico de Oz. Infelizmente a absoluta maioria das críticas que se lê a esta política racial concentram-se somente no conteúdo dos projetos e não nos objetivos políticos de quem está fazendo a proposta.

    Organização partidária é fundamental com enfrentamento ideológico, senão ocorre o que acontece no Brasil onde políticos eleitos por conservadores ao assumirem cargos de comando reproduzem o discurso dos comunistas na educação, na cultura, etc.

    Temos que nos unir contra o totalitarismo e entreguismo.

    Att.

  3. LEANDRO says

    Leão Alves.
    Este seu artigo sobre cotas raciais petistas e racista é uma pérola raríssima em nosso país! Concordo com 99,999% em tudo o que vc escreveu menos em uma coisa; Que é inútil argumentar contra a política de cotas racistas petistas. Embora PAREÇA inútil mesmo, argumentar contra esta política por ela ter tanta propaganda, patrocínio e um apoio de um grupo de pessoas que se faz de grande mas na verdade só está a serviço do COMUNISMO, e do totalitarismo perpétuo sem limites e eterno que o PT está plantando no Brasil. Temos que argumentar sim, sempre, não importa o tamanho da nossa luta nem dos nossos opositores. Só não argumenta quem já morreu para a vida ou para a causa. Como nós estamos bem vivos, agumentamos assim como muita gente argumenta contra estes comunistas racistas que além de querer pregar que o Brasil foi descoberto por Dom Lula, em 2003 agora querem negar que o Brasil é um país MESTIÇO ! Justo os comunistas ? E olha quem está falando em racismo. Este discurso petista é tão falacioso quanto o diabo querer pregar o evangelho de Jesus.
    Nesta política racial, no início, os mestiços puderam ser aceitos, agora e daqui há pouco não poderão mais pois estes serão descartados quando não forem “suficientemente negro” para gozar de cotas mesmo tendo sido “suficientemente negro” para lutar à favor das cotas. Os mestiços serão preteridos, serão as primeiras vítimas deste sistema racista petista .Quando chegar a hora de dividir o bolo, os negros comunistas vão se achar mais merecedores pois vão se achar puros ; Seguindo a ordem comunismo, fascismo, nazismo.
    Sou contra TUDO isso, por isso estou iniciando uma campanha que está fazendo falta no país e que precisa de muita indignação e coragem sabendo tudo o que nós sabemos, (vc sabe + ainda ) sobre este plano comunista de poder. Desta maneira, hà 2 e pouco venho estudando o assunto, me filiei à um partido e estou procurando apoio para juntos combater este mau. Temos que argumentar, mas temos que argumentar na política. Conto com o seu apoio ? Obrigado

  4. ana v says

    olhem que absurdo:http://www.memorial.org.br/(…)



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