Descossaquização (em russo, Расказачивание, Raskazachivaniye) foi a política comunista bolchevique de repressão sistemática contra cossacos, ocorrida entre os anos de 1917 e 1933, tendo como objetivo a eliminação dos cossacos como um grupo étnico e político.
Os principais responsáveis pelo genocídio foram Lênin, Trotsky e Stálin. Entre 300.000 e 500.000 pessoas foram mortas ou deportadas entre 1919 e 1920, de uma população de 3 milhões nas regiões do Don e Kuban, de acordo com estimativas conservadoras. Quase um terço da população cossaca foi exterminada.
“Os bolcheviques decidiram eliminar legalmente, mas também fisicamente, toda oposição ou toda resistência – e mesmo a mais passiva – ao seu poder hegemónico, não somente quando esta era formada por grupos de adversários políticos, mas também por grupos sociais propriamente ditos – tais como a nobreza, a burguesia, a intelligentsia, a Igreja, etc., e também as categorias profissionais (os oficiais, os policiais…) – conferindo, por vezes, uma dimensão de genocídio a esses atos. Desde 1920, a “descossaquização” corresponde abertamente à definição de genocídio: o conjunto de uma população com implantação territorial fortemente determinada, os cossacos, era exterminado, os homens fuzilados, as mulheres, as crianças e os idosos deportados, os povoados destruídos ou entregues a novos habitantes não cossacos. Lenin assimilava os cossacos à Vendéia, freqüência durante a revolução francesa, e desejava aplicar-lhes o tratamento que Gracchus Babeuf, o “inventor” do comunismo moderno, qualificava como “populicídio”, O Livro Negro do Comunismo, Stéphane Courtois e outros, p.10.
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